O Tribunal do Júri do dentista que ficou conhecido no ano de 2018 como “maníaco da peruca” estava marcado para acontecer na última terça-feira (5), mas foi adiado porque o psiquiatra do réu, arrolado como testemunha, deixou de ser intimado para comparecer ao julgamento por não ter sido encontrado.
O dentista foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de homicídio qualificado contra três pessoas e tentativa de homicídio contra outras duas, todas ligadas a uma rede de clínicas odontológicas em Santos e São Vicente, São Paulo. Segundo a denúncia, o dentista se disfarçou com uma peruca para cometer os crimes entre 23 de dezembro de 2014 e 23 de setembro de 2015.
Nos autos, um psiquiatra alegou que o réu apresenta um quadro de “esquizofrenia paranoide” e, por essa razão, era parcialmente incapaz de entendimento.
Já segundo o médico do órgão do MP, as afirmações do psiquiatra são imprecisas, uma vez que o dentista teria apresentado um discurso organizado, não demonstrou alterações de humor e se mostrou orientado no tempo e espaço, sendo, portanto, imputável.
Para o órgão persecutório, o réu teria cometido os crimes por atribuir o seu declínio profissional à ascensão da clínica concorrente. O dentista foi denunciado por homicídio qualificado pelo motivo torpe e pelo emprego de recurso que dificultou a defesa das vítimas.
O parquet manifestou-se ainda contra o pedido de adiamento do tribunal do júri sob a fundamentação de que “apesar da ausência do psiquiatra Furtado de Oliveira, o seu laudo consta do processo e isso é o que importa”.
No entanto, o juiz Alexandre Betini deferiu o pedido da defesa e adiou o júri para o dia 10 de maio.
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