A 3ª Vara de Presidente Venceslau (SP) condenou a uma pena de 12 anos de prisão em regime fechado e 540 dias-multa, Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, pelo crime de organização criminosa. Segundo os autos processuais, o réu comandava a facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Marcola está preso desde 1999, e já foi condenado pelo mesmo fato. A penal total do acusado agora chega a 342 anos, 6 meses e 24 dias de reclusão.
O Ministério Púbico de São Paulo denunciou Marcola em razão do plano do PCC para matar o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, responsável pelo combate à facção no interior de SP, e o coordenador da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Roberto Medina.
Segundo o órgão acusador, Marcola estava preso na penitenciária de Presidente Venceslau quando foi determinada a sua transferência para um presídio federal após terem notícias de que o PCC tinha um plano para resgatar Marcola e outros integrantes do PCC que estavam presos na penitenciária. Após a ordem de transferência, a organização criminosa, liderada por Marcola, passou a traçar um plano para executar Lincoln Gakiya e Roberto Medina.
A denúncia foi baseada em bilhetes que circulavam entre os presos na penitenciária. Um deles dizia:
[…] Apesar do frango, esse que mora na mesma quebrada de vocês, tá na mão todos os endereços que ele vai. Está mapeado. Ele mora no Laus mesmo e fica a semana toda lá porque o trampo dele é dentro. Dá pra fazer ele hora que quiser. […] Salve do frango japonês é um pouco mais complicado, mas dá pra fazer também […].
A defesa de Marcola alegou que a denúncia era uma conspiração contra ele, e que ele já havia sido condenado com trânsito em julgado por exercer a liderança do PCC.
No entanto, o juiz Deyvison Heberth dos Reis ressaltou que o crime de organização criminosa é de natureza permanente, e, por isso, Marcola poderia ser punido por continuar integrando a facção mesmo após já ter sido condenado.
Leia também
STJ mantém ação penal contra governador do Mato Grosso
Quer estar por dentro de todos os conteúdos do Canal Ciências Criminais?
Siga-nos no Facebook e no Instagram.
[#item_custom_media:title] [#item_custom_media:starRating@average]
Comentários