O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rebateu, por meio de nota divulgada na noite desta quinta-feira (22/7), as novas declarações do presidente Jair Bolsonaro contra a confiabilidade das urnas eletrônicas. Ele voltou a defender um “voto impresso e auditável” nas eleições de outubro de 2022. E a Corte Eleitoral ressaltou que “o sistema eletrônico é auditável antes, durante e depois da votação”.
O início do texto da Corte Eleitoral já vai ao ponto: “O TSE esclarece que é falsa a afirmação de que ‘a apuração dos votos é feita por meia dúzia de pessoas, de forma secreta (…) em uma sala lá do TSE’”, citando a fala do presidente desta quinta. A resposta foi dada na seção do site da Corte que rebate fake news, a “Fato ou Boato”.
O TSE diz, ao contrário do presidente, que a proposta de contagem de votos impressos manualmente pelos próprios mesários, em substituição à apuração automática pela urna eletrônica, não criaria um mecanismo de auditoria adicional, “mas representaria a volta ao antigo modelo de voto em papel, marcado por diversas fraudes na história brasileira”.
O tribunal explica, novamente, que a apuração dos votos é feita automaticamente pela urna eletrônica logo após o encerramento da votação. E que a urna imprime, em cinco vias, o Boletim de Urna (BU), que contém a quantidade de votos registrados na urna para cada candidato e partido, além dos votos nulos e em branco.
Uma das vias impressas é afixada no local de votação, visível a todos, de modo que o resultado da urna se torna público e definitivo. Vias adicionais são entregues aos fiscais dos partidos políticos.
Além disso, a Corte reiterou que aqueles que tiverem interesse em fiscalizar a votação tem, entre outros meios, a possibilidade de acompanhar o desenvolvimento dos sistemas eleitorais; participar do Teste Público de Segurança; acompanhar a preparação das urnas eletrônicas; acompanhar o teste de integridade no dia da votação; verificar os boletins de urna impressos nas seções ou obter sua versão digital por QR Code; ter acesso a todos os arquivos eletrônicos gerados na eleição para verificações.
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